Juan Guerra/Estadão
Ator, diretor, crítico de cinema, José Wilker morreu hoje, no Rio, aos 69 anos. Ele estava em casa com a namorada, a jornalista Claudia Montenegro, quando se sentiu mal – não teve tempo de ser hospitalizado. A causa da morte foi uma parada cardíaca. Cearense radicado no Rio desde a juventude, Wilker tem duas filhas, Isabel, com a atriz Mônica Torres, e Mariana, com a atriz Renée de Vielmond.
José Wilker nasceu em Juazeiro do Norte. Ele começou a carreira de ator como membro do Movimento de Cultura Popular no Recife. Já radicado no Rio de Janeiro, seu primeiro papel no cinema foi no filme 'A Falecida' ao lado de Fernanda Montenegro, mas obteve grande destaque ao lado de Sônia Braga em 'Dona Flor e seus dois maridos' de 1976.
Ele deu vida também a personagens memoráveis na televisão, como Rodrigo, que era protagonista de 'Anjo Mau', e Roque Santeiro na novela de mesmo nome de 1985. Sua estreia em novelas foi em 'Bandeira 2' de Dias Gomes em 1971. Ele foi convidado para atuar na novela depois de vencer o Prêmio Molière pelo espetáculo 'O Arquiteto e o Imperador da Assíria'.
Como ator chegou a participar de produções internacionais, atuando até ao lado de Sean Connery no filme 'O curandeiro da Selva'. Frequente comentarista do Oscar na TV, ele também era crítico de cinema. Em 1996 ele lançou um livro chamado 'Como Deixar um Relógio Emocionado', que compilou várias de suas críticas.
Em 2004 ele interpretou o ex-bicheiro Giovanni Improtta em 'Senhora do Destino'. O personagem que depois seria levado ao cinema no último filme dirigido por Wilker, ficou conhecido pelos bordões: "felomenal" e "o tempo ruge e a Sapucaí é grande". Sua última participação em novelas foi em 2013, em "Amor à Vida", de Walcyr Carrasco.
Roberta Pennafort - Rio - O Estado de S.Paulo
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