Diego Forlán está aliviado ao acabar com um jejum de mais de um ano sem
marcar gols por sua seleção. O dia foi especial para o atacante do
Internacional que voltou a balançar as redes em seu jogo número 100 com a
camisa do Uruguai e foi decisivo na vitória por 2 a 1 sobre a Nigéria,
pela Copa das Confederações.
O feito de Forlán colocou o Uruguai bem próximo do caminho do Brasil
nas semifinais, caso Neymar e companhia cumpram seu papel e garantam ao
menos um empate com a Itália, sábado, em Salvador. Com o Brasil
confirmado em primeiro lugar no grupo A, o confronto estaria
praticamente definido.
O Uruguai chega a três pontos e não deve ter trabalho para aplicar uma
goleada sobre o Taiti, que amarga derrotas vexatórias (6 a 1 para
Nigéria e 10 a 0 para Espanha) até agora na competição. Só dependerá de
um triunfo da Fúria, campeã do mundo, sobre a Nigéria.
Além de dar alívio à sua equipe, que sofreu com problemas extracampo no
Brasil e fez um jogo ruim contra a Espanha, Forlán atingiu mais uma
façanha. Voltou a ser o maior goleador da seleção uruguaia em uma briga
particular com um companheiro ao ultrapassar Luis Suárez. São 34 gols
para o Colorado, contra 33.
O Uruguai que entrou em campo nesta quinta-feira pouco se assemelhava
ao time que levou um ‘sufoco’ da Espanha. Com bom posicionamento tático,
a equipe pressionou e encurralou a Nigéria em seu campo de defesa,
obrigando os rivais a dar chutões para frente nos minutos iniciais.
A Nigéria equilibrou o jogo, mas foram os uruguaios presentes em
Salvador quem sorriram primeiro em jogada dos pés de um ídolo
são-paulino. O zagueiro Diego Lugano recebeu cruzamento de Forlán,
contou com o erro de Cavani que furou o chute e empurrou para o gol
vazio aos 18 minutos.
Mas o domínio Celeste durou pouco. O Uruguai voltou a apresentar a
falhas vistas diante da Espanha. Suárez e Cavani ficaram isolados no
ataque em um time com laterais que pouco apoiavam e três volantes. Após o
gol, eles recuaram e não conseguiam armar contra-ataques.
A equipe africana conseguiu se organizar e se lançou ao ataque. Os
laterais ganharam liberdade para chegar à frente, ajudados pelos
atacantes que exerciam bem o papel da marcação. Tiveram a seu favor
ainda o pequeno poder defensivo dos atacantes rivais.
Dessa forma, teve paciência, tocou bola, esperou o momento certo e
parecia saber que o gol era questão de tempo. Mikel encontrou espaço
pelo meio e aproveitou uma grande bobeira da zaga.
Lugano permitiu um
drible bobo que resultou no gol aos 36 minutos. O jogo esfriou nos
minutos finais com os dois times à espera do intervalo.
A bronca do técnico Óscar Tabárez surtiu efeito no intervalo. Logo com
cinco minutos, o ‘trio sensação’ mostrou sua eficiência e marcou um
golaço. Suárez roubou a bola e tocou para Cavani.
De primeira, ele rolou
para Forlán, que chegou batendo de primeira no ângulo de Enyeama.
O Uruguai provou que voltou com outra postura em campo e corrigiu os
erros de posicionamento. O time acertou a marcação dos adversários e,
vencendo o jogo, esperava uma boa oportunidade de contra-ataque.
Ao lado de Cavani, uruguaio Diego Lugano (e) comemora gol marcado contra a Nigéria AFP PHOTO / VINCENZO PINTO
A Nigéria tentava pressionar, mas passou a errar muito. Uma de suas
principais armas ofensivas, meio-campista Mikel ficou afastado dos
atacantes e não conseguia mais jogar tão solto. Os africanos já sentiam o
cansaço, enquanto o Uruguai se fechava todo em sua defesa e dava
chutões até confirmar o resultado.
Do UOL, em São Paulo
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