Em entrevista ao site de VEJA, Elie Fiss, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e professor da Faculdade de Medicina do ABC, afirma que a cirurgia não deve afetar a vida do papa. "Nitidamente ele está aí para provar que a operação não traz nenhuma consequência a longo prazo e não é motivo para preocupação", afirma o médico. De acordo com Fiss, dependendo da quantidade do órgão que é retirada, o pulmão pode ter se expandido e ocupado o lugar da parte removida. "O pulmão dele pode ter se expandido e estar adaptado e ponto de ele ter a capacidade respiratória normal. Eu tenho pacientes que retiraram metade de um dos pulmões e cinco anos depois suas provas ventilatórias estão normais", explica Elie. "No dia a dia a gente costuma utilizar apenas cerca de 30% da capacidade pulmonar", completa.
O papa Francisco não deve precisar de nenhum cuidado especial em decorrência do procedimento pelo qual passou. As recomendações que ele deve receber, como de vacinas para gripe e pneumonia, segundo Elie, são indicações de rotina para qualquer paciente da idade de Jorge Mario Bergoglio. Ainda é difícil estimar a razão que teria levado o pontífice a se submeter a esse procedimento. A remoção de parte do pulmão é feita em casos de infecções graves, que podem se expandir para o restante do órgão. "Mas também pode ter sido uma causa que atualmente seria tratada clinicamente, com medicamentos", disse Fiss.
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